domingo, 8 de novembro de 2015

Avril Lavigne - Ontem x Hoje

O tempo muda as pessoas. E é justamente sobre isso que vou falar nesse post, especificamente sobre uma das artistas mais populares dos anos 2000: Avril Ramona Lavigne, cantora canadense que começou fazendo sucesso com seu álbum de estreia Let Go. Seu caminho até 2015 foi conturbado, afinal, ela já passou por várias fases e estilos e causou muita polêmica entre os fãs.Vamos lá! \o/





De repente, ela já estava tocando em todas as rádios: Sk8er Boi, Complicated, I'm with You. Com seu estilo despojado, roupas largas e muita energia, Avril Lavigne consagrou-se já nos primeiros singles como uma "anti-Britney", referindo-se à Britney Spears, que na época também era um grande sucesso. Let Go vendeu mais de 8 milhões de cópias só naquele ano de 2002, e recebeu críticas em sua maioria positivas. Até então, seu estilo era classificado como algo entre o pop e o rock, e percebiam-se algumas influências da cantora Alanis Morissete, muito popular nos anos 90, e até mesmo bandas como Nirvana, porém Avril mantinha sua originalidade bem delineada.

Como um todo, as letras de Let Go continham muita emotividade, raiva e descontração ao mesmo tempo. O que é, basicamente, o resumo da mente de qualquer adolescente: os fãs mais jovens alegavam que Avril descrevia seus sentimentos como ninguém mais. De fato, ela quebrou os padrões de sensualidade que as cantoras dos anos 2000 tinham, colocando em suas músicas algo mais além de romance. Juntamente com a banda The Matrix, Avril compôs sobre várias situações: a solidão em I'm With You, a pressão e indecisão em Mobile, e até sobre sua cidadezinha natal, Napanee, em My World. Muitas vertentes sentimentais foram trabalhadas e Avril prometia bastante para os próximos anos.






Dois anos depois e ela estava de volta com Under My Skin, seu segundo álbum. E com ele veio um porre de mudanças. Avril mantinha alguns vestígios de seu estilo skater, mas acabou adotando uma aparência darker, quase sempre usando roupas pretas. Com isso, o conteúdo de suas canções se modificou sutilmente, abordando temas mais angustiantes e depressivos. Nobody's Home foi uma das canções mais impactantes e representativas do álbum, demonstrando uma atmosfera pesada e arrependida. Outras músicas como Take Me Away e Together mostram uma Avril infeliz, que sente necessidade de ser resgatada e levada para outro lugar. A capa do álbum é em preto e branco, e Avril possui uma cruz vermelha no braço, selando o novo estilo gótico predominante. A cantora chegou a ser comparada com Amy Lee, vocalista da famosa banda Evanescence. Era possível notar que a voz de Avril também tinha mudado, puxando agora para um tom menos grosso, o qual tinha sido usado no álbum anterior. Mesmo com essas transformações, Avril conseguiu agradar boa parte dos fãs.


Em 2007, porém, foi a vez de um divisor de águas chegar e causar o maior alvoroço: The Best Damn Thing, o terceiro álbum. Se Under My Skin tinha mostrado que Avril havia sofrido algumas mudanças, este provou que ela queria mesmo repaginar todo seu estilo e se tornar a Motherfucking Princess. Com o cabelo loiro, mechas rosas, canções mais picantes e ácidas e até mesmo dançarinas no clipe de Girlfriend, os fãs pensaram duas vezes antes de a chamarem de anti-Britney. As músicas de The Best Damn Thing eram exatamente o oposto dos outros dois álbuns: mais animadas, enérgicas e barulhentas, a maioria demonstrava um estilo pop punk. Com ele, vários admiradores começaram a acusar Avril de não ter estilo próprio. Devo dizer que por um tempo fui um desses, mas aprendi a gostar de TBDT, mesmo que ainda prefira os anteriores.

E não é de se negar que o álbum fez um baita sucesso. Para se ter ideia, o videoclipe de Girlfriend foi o primeiro na história do YouTube a atingir 100 milhões de visualizações (claro que hoje em dia está com menos de trezentas, sendo que alguns artistas como Taylor Swift e Katy Perry já passaram do primeiro bilhão). TBDT vendeu mais de cinco milhões de cópias em todo mundo, e mesmo os críticos pareceram gostar mais do álbum que os próprios fãs. No geral, Avril ainda voltava às origens em canções como When You're Gone e Keep Holding On, onde soava mais tranquila e emotiva. Mesmo assim, vários fãs ficaram indignados, e hoje rola por aí aquela famosa teoria de que Avril morreu e foi substituída (o que é, na minha opinião, história pra boi dormir).



Em 2011, Avril Lavigne retornou com Goodbye Lullaby, mas para quem já tinha se acostumado com o anterior, este não foi nenhuma grande novidade. Com 3 singles de sucesso, Smile, Wish You Were Here e What The Hell, o álbum vendeu bem, mesmo que os números nem se comparem com os de Let Go. Aqui temos uma Avril menos exagerada, mais leve, tendendo ainda mais para o pop. Em relação às músicas, são basicamente uma síntese de tudo o que ela já tinha feito: ora animada e sorridente, ora melancólica e triste, ora determinada e calma, Avril apenas manteve sua linha.


E finalmente, seu mais recente álbum lançado: Avril Lavigne. Um nome realmente apropriado, já que este junta todas as suas vertentes em uma obra só. O single Hello Kitty (aliás, uma das músicas mais odiadas, sobretudo por causa do clipe), destoa um pouco do resto, sendo uma espécie de pop electro-rock (nem sei se isso existe, mas é assim que eu o classifico). Falling Fast lembra um pouco a sonoridade de Let Go, enquanto o dueto com Chad Kroeger, na época seu marido, mostra o lado Under My Skin que Avril ainda carrega. De resto, o álbum é bem pop, não há praticamente nenhuma guitarra ou trecho pesado.

Muitas pessoas acusaram a cantora de racismo por conta do clipe de Hello Kitty, o que gerou uma polêmica ainda maior. Nele, Avril caminha pelo Japão (que, por incrível que pareça, é terrivelmente mal explorado), pulando e tirando sarro de tudo que vê. A maior parte do clipe mostra Avril numa confeitaria (influência de Katy Perry?) e várias mulheres robóticas, inexpressivas e extremamente parecidas em vestuário. Isso, de acordo com alguns, seria o racismo: no clipe, os japoneses são vistos como robôs. Seria essa a intenção dela? Sinceramente, nem sei o que dizer sobre isso. Apenas assumo que Avril Lavigne foi uma das artistas que mais se transformaram ao longo do tempo (mesmo que continue com cara de 20 anos). 



E você, o que acha? Qual sua fase preferida da Avril Lavigne? Comenta aí embaixo ;)

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