quinta-feira, 12 de junho de 2014

Crítica: Carrie, A Estranha (2013)


Bom
Diretor(a): Kimberly Peirce
Duração: 100 min.
Elenco principal: Chloë Grace Moretz, Julianne Moore, Gabriella Wilde, Judy Greer, Ansel Elgort, Portia Doubleday, Alex Russel
Classificação: +16

Sinopse: Carrie White (Chloë Grace Moretz) é uma adolescente excluída, tímida, problemática e atormentada pelos colegas da escola que nunca compreenderam seu estranho comportamento e sua aparência. Além de super protegida e sofrer maus tratos em casa da mãe, Margaret White (Julianne Moore) que é profundamente religiosa, e que a impede de levar uma vida normal como as garotas de sua idade. Mas Carrie guarda um grande segredo: quando ela está por perto, objetos voam, portas são trancadas ao sabor do nada, velas se apagam e voltam a iluminar, misteriosamente. Durante o baile de formatura todos irão temer o seu poder após uma brincadeira de mau gosto.

***


A maioria das pessoas que assistiu o filme original de 1976 e os remakes concordam que essa Carrie é a menos estranha de todas. Sim, isso é verdade, mas nem por isso a nova versão de 2013 é ruim.

O último filme antes desse, o de 2002, desapontou alguns e agradou outros, mas creio que o novo pode satisfazer, mesmo que não completamente, os dois grupos. Esse Carrie não é infiel ao livro, ao contrário do anterior: adapta a história de Stephen King aos dias atuais, fazendo uso de celulares, internet, telões, elementos que, na época em que o livro foi escrito, nós nem sonhávamos que existiria um dia. Só que mesmo assim, ele é fiel. Não muda nenhum ponto importante da trama e não sai da linha seguida por King.

Contudo, essa falta de identidade própria do remake faz com que ele seja um pouco desnecessário. Não há inovação nenhuma; algumas cenas são recriadas de maneira igual às dos filmes anteriores, e você fica se perguntando: eles só mudaram as atrizes e atores?, porque, às vezes, é o que parece.

Não posso negar que a cena do baile ficou um pouco mais bonita de se ver, mas não é exatamente aquela maravilha. Em relação às atuações, Chloë atuou muito bem, não exagerou em nada. Ela fez a Carrie parecer um pouco mais inteligente e sensata, ao contrário da versão de 2002 em que a protagonista agia como boba, de um modo até forçado (não nos esqueçamos da Angela Bettis andando com os pés tortos e ficando vesga ashuashua). Isso ressalta como a Carrie não era tããão estranha assim antes da noite do baile.

Julianne Moore está ótima, como sempre. Acho que ela conseguiu convencer bem como a mãe da Carrie. Pelo trailer, eu pensava que ela iria ser mais água com açúcar, mas não: é tão psicótica quanto à do livro. Palmas pra ela. Patricia Clarkson, do filme anterior, não conseguiu ser tão louca quanto lhe era exigido, e eu estava quase achando que o feito iria se repetir com Julianne. Melhor assim.

Com um elenco competente, mas sem muitas novidades, Carrie, a Estranha é um remake decente. Embora não ofereça muitas surpresas, ele consegue recontar a história na época atual de um modo que não é anacrônico. É um bom filme, sim, mas eu ainda estou esperando o dia em que a história de Carrie seja tão chocante e bem feita quanto na versão de 1976. Enfim, é esperar para ver.

  

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